IPv6 ainda é a minoria no Brasil, mas por pouco tempo.

Postado em 19/nov/2013 em Anatel Provedores

O NIC.br estima que até o final do primeiro semestre de 2014 os pacotes de endereçamento IPv4 se tornarão um recurso escasso, de forma que a distribuição será limitada à garantia de entrada de novos provedores de conexão no mercado brasileiro. O cenário é preocupante porque o uso do protocolo de endereçamento IPv6 é muito pequeno – de acordo com o Google, o tráfego IPv6 é de apenas 0,5% do total da internet brasileira. O movimento para que todos os elos da cadeia da internet estejam preparados para o tráfego IPv6 ainda é considerado lento e a alternativa de compartilhamento de endereços IPv4 por usuários, com a restrição de portas, pode respingar na experiência de uso de alguns tipos de aplicações.

Há impactos no compartilhamento de endereçamento IPv4 com restrição de portas, algumas aplicações como games, P2P e VoIP podem não funcionar adequadamente, explica Ricardo Patara, gerente de recursos de numeração do NIC.br, entidade responsável pelo registro de domínios no Brasil. Uma solução que garante o menor impacto para o usuário final vem sendo debatida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Anatel e provedores de conexão. Mas o ideal é que o compartilhamento seja usado por um período curto, como explica Marcos de Souza Oliveira, gerente de Certificação e Numeração da Anatel.

As grandes operadoras, neste momento, estão adquirindo a plataforma e equipamentos que suportem o novo protocolo. E preveem a atualização dos equipamentos existentes hoje, que suportam apenas IPv4. “É um trabalho denso, porque altera a topologia da rede, mas trabalhamos com um roll out agressivo para que o processo esteja concluído em 2014”, afirma Charles Costa, diretor do SindiTelebrasil, entidade que representa as prestadoras de serviço de telecomunicações. Essa ação concorre com outros deployments das operadoras, como a cobertura de 3G e 4G obrigatórias, e vem em um momento de resultados financeiros mais apertados, o que torna a migração um esforço ainda maior para elas.

A Anatel estuda a inclusão, no processo de certificação e homologação da agência, da avaliação quanto ao suporte ao protocolo IPv6. A agência, no entanto, ainda não fala em prazos para colocar a medida em operação. A iniciativa da Anatel é vista com bons olhos pelo SindiTelebrasil.

Por parte do NIC.br, além dos esforços de divulgação do novo protocolo de endereçamento e da importância da migração e apoio técnico para empresas, ações que ocorrem desde 2008, a distribuição de pacotes IPv4 já mudou para refletir a realidade de escassez no curto prazo. Ainda, a entidade só provê endereçamento para a necessidade de três meses das provedoras. O NIC.br tem aumentado o seu grau de exigência em relação à utilização eficiente do recurso e tem exigido mais dados para liberação. Com o volume de informações que entregamos, o CGI.br tem sugerido a melhor forma de utilização dos recursos.

Apesar desses esforços, os diversos elos do ecossistema da internet seguem especialmente preocupados com o atraso ao suporte de IPv6 por provedores de conteúdo. A ENTELCO TELECOM está orientando seu clientes ao processo de migração e convergência, maiores informações de consultorias podem ser acessadas pelo site da ENTELCO através do link http://www.entelco.com.br.

 

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Redação

ENTELCO TELECOM

Fonte: A Rede