Frequência de 700 MHz será utilizada pela operadora CLARO.

Postado em 30/out/2014 em Anatel Wireless

4g_entelcoA Claro, como vencedora do lote mais cobiçado no leilão do final de setembro por conta de blocos mais distantes da radiodifusão, planeja começar a utilizar o espectro de 700 MHz em pequenas cidades onde a faixa não esteja ocupada pela radiodifusão já em 2015. A empresa chega atualmente com o 4G na faixa de 2,5 GHz a 93 cidades, mas planeja aumentar a cobertura em áreas rurais com a banda recém-adquirida.

“Não temos previsão, mas somos otimistas, gostaríamos que algumas faixas fossem liberadas o mais rápido possível, acredito que em 2015”, afirmou o presidente da operadora, Carlos Zenteno, em conversa com jornalistas em São Paulo nesta terça, 28. Ele ressalta que a liberação já no ano que vem seria somente nessas cidades menores, sobretudo nas áreas rurais, onde não haveria a necessidade de limpeza.

A operadora faz planos, mas ainda nem definiu a forma de pagamento dos quase R$ 2 bilhões pela faixa obtida no leilão. “Depende das opções, existe uma de (pagar) à vista, e outro de financiamento, de parcelamento, que ainda estamos avaliando”, declarou. Essa decisão terá que ser tomada antes da assinatura do contrato, no fim de novembro.

Os fornecedores para a nova faixa devem se manter os mesmo já contratados para equipar a rede de 2,5 GHz da tele: Ericsson (RJ, RS e SP); Huawei (Nordeste, Centro-Oeste, MG, ES e PR e SC); e Nokia Siemens (Norte). “Sempre estamos buscando fazer mais eficiência, renovando equipamento. Temos possibilidade de incluir um novo vendor, dependendo de alguns programas de qualidade, mas essas decisões basicamente estão feitas no momento (do leilão do primeiro) 4G. Sempre existe alguma possibilidade de colocar algo novo, mas a estrutura principal já está definida”.

A operadora não descarta também usar outras frequências para o cumprimento de cobertura do 4G, como a faixa de 850 MHz e até mesmo com a possibilidade de reuso da banda de 1,8 GHz. Há quase um ano, a Claro entrou com um pedido na Anatel para usar a faixa de 1,8 GHz para o LTE. O assunto chegou a dividir o Conselho Diretor da agência, mas foi negado em maio deste ano, já que essa possibilidade seria um dos atrativos do leilão de 4G. Ainda assim, a empresa insiste que não há limitação técnica e mantém o plano alternativo.

A meta é de usar as faixas para prestação do serviço em municípios menores já em 2015. “Nas cidades entre 30 mil e 100 mil habitantes, o edital de 2,5 GHz já permitia usar algumas outras frequências, como 850 MHz e 1.800 MHz”, alega Carlos Zenteno. Naturalmente, esses espectros precisariam passar pelo refarming – a estratégia seria migrar os usuários do 2G para o 3G (em outra faixa) ou direto para o 4G. “Depende muito se conseguirmos disponibilizar, limpar algumas dessas frequências que estamos usando, principalmente no 2G e 3G, para poder disponibilizar”, completa.

 

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Redação

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Fonte: Teletime